A deslegitimação do neoliberalismo, a despolitização da sociedade e o papel político da imaginação: Comentário sobre Chile, fim do mito por Alexis Cortés (2022)
Palavras-chave:
Revolta social, Pandemia de COVID-19, Modelo neoliberal, Imaginação sociológica, Transformação socialResumo
Este ensaio analisa Chile, fin del mito (2022), de Alexis Cortés, uma obra que aborda os vínculos entre a explosão social de 2019, a pandemia de COVID-19 e o processo constituinte no Chile. Cortés argumenta que esses eventos culminaram com a deslegitimação do modelo neoliberal, aceleraram a politização social e expuseram uma lacuna entre as transformações sociais exigidas pela sociedade e sua tradução institucional. A análise destaca a “ruptura constituinte” como uma oportunidade histórica truncada para reformar a democracia chilena, destacando os riscos de descontentamento e autoritarismo em um contexto de frustração coletiva. Além disso, o ensaio explora a noção de “imaginação sociológica” como uma chave para entender os processos sociais e projetar possíveis futuros, relacionando-a às ideias de Paulo Freire e John Dewey. Conclui-se que o trabalho de Cortés não apenas interpreta o presente chileno, mas também exemplifica o exercício da imaginação sociológica.
Referências
Araujo, K. (2022). The circuit of detachment in Chile: Understanding the fate of a neoliberal laboratory. Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/9781009310697
Beck, U. (1998). La sociedad del riesgo. Paidós.
Cortés, A. (2022). Chile, fin del mito. Estallido, pandemia y ruptura constituyente. RIL.
Dewey, J. (1995). Democracia y educación. Morata. El País de Todos. (1997). [Broadcast]. En Plan Z. Canal 2 Rock & Pop. https://www.youtube.com/watch?v=J6lbnHPUq-U.
Foucault, M. (1982). Las palabras y las cosas. Una arqueología de las ciencias humanas. Siglo XXI.
Freire, P. (1967/2007). La educación como práctica de la libertad. Siglo XXI.
Freire, P. (1992/2008). Pedagogía de la esperanza. Siglo XXI.
Guzmán-Concha, C. (2017). Chilean neoliberalism under scrutiny: Class, power, and conflict are back in town. Latin American Research Review, 52(1), 183–189. https://doi.org/10.25222/larr.96
Hatibovic, F., Sandoval, J., Faúndez, X., Gaete, J.-M., Bobowik, M., & Ilabaca, P. (2023). The effects of emotions on the disposition to normative and non-normative political action in the context of the Chilean post-social outburst. Frontiers in Psychology, 14. https://doi.
org/10.3389/fpsyg.2023.1154501.
IUPAC (2006). Catalist. En IUPAC Compendium of Chemical Terminology (3ª Ed). International
Union of Pure and Applied Chemistry. https://doi.org/10.1351/goldbook.C00876
James, W. (1892/2001). Psychology: Briefer course. Dover Publications.
Larrain, A., Haye. A., Sánchez, A. Y Cáceres, E. (2019). Bergon, Peirce y Vygotski: imaginación y la producción del mundo a finales del siglo XIX y principios del XX. En E. Hevia Jordán, F. Reiter Barros y G. Salas (Eds.), Historias de la psicología. Contribuciones y reconstrucciones parciales (pp. 367-398). Ediciones Universidad Alberto Hurtado.
Lermanda, Ó. (Ed.). (2021). Tiempos difíciles. Crónicas latinoamericanas de pandemia y crisis social. Editorial Universidad de Concepción.
Levitsky, S., & Ziblatt, D. (2018). Cómo mueren las democracias. Ariel.
Martuccelli, D. (2013). Sociologías de la modernidad. LOM.
Mayol, A. (2012). El derrumbe del modelo. La crisis de la economía de mercado en el Chile contemporáneo. LOM.
Mayol, A. (2019). Big bang. Estallido social 2019. Modelo derrumbado, sociedad rota, política inútil. Catalonia.
Mills, C. W. (1961). La imaginación sociológica. Fondo de Cultura Económica.
Morin, E., & Kern, A. B. (1993). Tierra patria. Nueva Visión.
Moulian, T. (1997). Chile actual. Anatomía de un mito. LOM.
Moulián, T. (1998). El consumo me consume. LOM.
Pleyers, G. (2024). The Chilean awakening in a global decade of social movements. En H. Onodera, M. Kaskinen, & E. Ranta (Eds.), Citizenship utopias in the Global South (pp. 68–84). Routledge. https://doi.org/10.4324/9781003378891-6.
Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo (2015). Desarrollo humano en Chile. Los tiempos de la politización. Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo.
Sánchez, G. (2024). Fantasies of critique: A study of the unconscious economy of the Chilean estallido [PhD Thesis, Birkbeck, University of London]. https://eprints.bbk.ac.uk/id/eprint/53628/
Somma, N. M. (2022). Chilean Democracy, Past and Present. Latin American Research Review, 57(2), 490–503. https://doi.org/10.1017/lar.2022.33
Undurraga, T., Chateau, M. G., Joignant, A., Fergnani, M., & Márquez, F. (2023). The cultural battle for the Chilean model: Intellectual elites in times of politicisation (2010–17). Journal of Latin American Studies, 55(2), 293–321.
Downloads
Publicado
Versões
- 2025-01-06 (2)
- 2024-12-31 (1)
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 REVUELTAS. Revista Chilena de Historia Social Popular

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Revueltas. Revista Chilena de História Social Popular publica exclusivamente sob a licença Creative Commons CC BY NC SA 4.0, que exige:
- Reconhecimento: A autoria de cada material deve ser reconhecida, o que implica apresentar, em local visível, o nome de quem o escreveu. Além disso, deve-se informar o local de onde foi obtido, indicando um endereço eletrônico.
- Não comercial: Todo o material publicado pela revista é distribuído gratuitamente. A revista não permite que terceiros façam uso comercial do material aqui disponibilizado. Muitas das publicações são fruto de recursos públicos, e a revista as publica gratuitamente para garantir sua ampla distribuição. Qualquer uso comercial das publicações aqui apresentadas é estritamente proibido.
- Compartilhar igual: Qualquer pessoa tem garantido o direito de realizar todas as ações descritas na seção "Cobertura de Acesso Aberto", mas deverá sempre respeitar a licença sob a qual publicamos. Isso implica que o uso do nosso material deve ser feito sob esta mesma licença.
- Internacional: Nossa licença exige que o material esteja disponível sem restrições regionais.
O copyright de cada artigo reconhece a autoria de seus escritores, que poderão utilizá-lo nas condições estabelecidas pela licença.